TALVEZ
Não sei, talvez nem você saiba.
O que passou por nos, assim.
Como passa o vento, ou forte tempestade.
Que n’alma desfolha, seca as
flores de um jardim.
Não sabes, talvez nem eu mesmo.
Como primeiro nos aconteceu.
Um olhar não sorriso
Um sorriso sem guizos… Pouco
tempo depois, o adeus.
Por um nada que nada se sabe
Uma estrada que nos dividiu
Uma estrela que não tem mais
brilho
Uma lua de noite escura, tão
fria, tão triste,
Ausente do firmamento, caiu.
Não sei, não pergunto a ninguém.
Onde andas e com quem, se
vais bem, se sorris;
Já que nada existiu. Só
desejo que sejas você,
Como foste naquela noite do
nada, real,
Tão você no adeus, ausente de
amor, partiu.
Que nada tenhas pra chorar,
eu te peço e desejo.
Que tenha sido pra você ao
menos belo amar,
Aí talvez, valha a pena eu
chorar.
Depois que todo esse nada
passou,
De nada acontecer. Um olhar
não sorriso
Um sorriso sem guizos…
Desamor, e adeus,
Na vida beira’mor. Da
existência o ADEUS..
Inscrita no Festival de Música de Duque de Caxias em 1967, que não hove
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